LANÇAMENTO DE LIVRO
Os Professores da Universidade Federal de Pernambuco: LOURIVAL de Holanda (Literatura) e Filipe Campello (Filosofia), apresentarão o livro FALAR é MORDER uma EPIDEMIA, do autor Luís Serguilha.
- Local: Gabinete Português de Leitura ( R. do Imperador Pedro II, 290)
- Dia: 5 de MARÇO às 19h ( Quinta feira)
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SINOPSE DO LIVRO ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Evidentemente, não se trata de uma obra de fácil leitura; a opacidade de sua espessura e o intricado da arquitextura de suas “línguas-mandalas-caleidoscópicas” criam grandes desafios ao leitor, instigando-o continuamente. A multiplicidade dos ritmos construídos, seu “movimento-maracatu”, seu “frevo jazzístico”, o “transe do inacessível de Boulez” impossibilitam o repouso, a estagnação. Diante desse livro, o “animal-leitor-sem-leme” se desnorteia, perdendo-se no labirinto traçado em suas páginas, para o qual não existe um fio a apontar a rota certa; o caminho, irradiante e proliferante, se constrói, então, na duração da própria re/des/trans/leitura, sempre múltipla e sem um ponto previsível de chegada. Assim, o inaudito “poema-Thaumazein” captura pelo assombro, pela perplexidade – sempre convites ao pensamento. A leitura da obra de Serguilha se instaura, portanto, como um combate com o caos e com o hermetismo do qual não se sai incólume. Em suas múltiplas dobras e desdobramentos, o texto serguilhiano constrói um diálogo com o barroco, não o barroco histórico, seiscentista, vincado pela Contrarreforma, mas com um conceito estético extemporâneo que é mencionado amiúde ao longo do texto.
Ana Lúcia Oliveira ( tradutora, crítica, ensaísta e professora universitária: UERJ)
«(…) A leitura do livro “falar é morder uma epidemia”, de Luís Serguilha, nos coloca próximos a uma experiência semelhante àquela borgeana. Um livro-fluxo, assim nos parece o livro-poema de Serguilha. (…) Antes de tudo, a leitura do livro-fluxo de Serguilha é uma experiência que nos põe no limite da própria leitura: como o rio de Heráclito, ele nos desafia a travessia. Entramos e nossos pés não acham o fundo. E quando nadamos até o meio, arrasta-nos a força desterritorializante do texto inaprisionável. A melhor forma de se fazer tal travessia-leitura? Deixar-se levar. »
Elton Luiz Leite de Souza ( filósofo, ensaísta e professor universitário-UFRJ)
“Luís Serguilha é um dos mais instigantes poetas da actual poesia portuguesa” Fernando Segolin ( crítico, ensaísta e professor universitário-PUC-SP)
“ Luís Serguilha traz um novo sopro à poesia portuguesa. É impossível rotular seu fazer poético, é um caso isolado no panorama mais geral da literatura portuguesa” Jane Tutikian, ensaísta, professora e reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Foto reprodução: Palavra comum.com